domingo, 16 de novembro de 2014

O DIA QUE EU FUI PARA LONDRES!





Eu poderia começar esse post falando de tradição, de realeza, de coisas medievais, mas
Clássica!
apesar de tudo isso realmente me lembrar muito Londres, é a musica que me transporta de volta pra lá, pois  existe uma  trilha sonora imaginaria que percorre comigo os caminhos que eu fiz e os lugares que conheci. Acho que o que mais me chamou a atenção é que Londres é de ponta a ponta uma cidade muito artística e cultural e a musica esta presente em quase todos os lugares. Por exemplo,  no metrô sempre tinha em cada linha alguém fazendo um som muito ecléticamente (quando eu digo eclético quero dizer que tinha um cara cego assobiando a música do Titanic, uma pessoa tocando harpa(!!!!), clássicos do rock no clássico violãozinho e por ai vai) em espaços que eram   de fato destinados para esse fim lá. Além disso, a maioria dos Museus é de graça o que por si só já é maravilhoso! Mas esse negócio da musica sabe, só de imaginar todos os estilos musicais que a Inglaterra já influenciou e depois ver que nas ruas isso ainda acontece  já faz com que Londres tenha ganhado meu coração.


E já que é pra falar de musica, é impossível ir pra Londres e não pensar no Clássico “London Calling” do The Clash (se você não conhece, ouça aqui https://www.youtube.com/watch?v=KonmIMQelwM) e de fato da pra  imaginar quando se anda nas ruas,  toda
Vinil sendo vendido no Portobello Market.
aquela atmosfera contestadora e transgressiva que rondava os jovens da década de 1970 que  contribuíram tanto para a essência  (ainda que o local do seu nascimento seja discutível)  do Punk Rock naquela época . Não que eu  tenha conseguido fugir muito de lugares tradicionais e/ou turísticos, mas da pra sentir pela cidade ou mesmo  no jeito das pessoas  um charme transgressor que deixa qualquer rebelde meia boca como eu em completo êxtase.


Os principais pontos turísticos também fazem Londres valer muito a pena, por exemplo,  O Big Ben (que na verdade chama Casa do Parlamento) ao lado do Tâmisa é realmente incrível e eu fiquei achando demais ver ali o Parlamento Inglês onde tomam-se decisões  importantes (que podem  afetar  o mundo inteiro),  tão vulnerável e tão  imponente ao mesmo tempo. Ali perto tem também a Abadia de Westsminster que é muito linda de fora (as igrejas tem horários curtos de visitação e custam caro)  e se você andar um pouco mais e atravessar o rio você encontra a  London Eye (a maior Roda Gigante do mundo) onde eu também não entrei porque parece que ela fica mais parada (entrando e saindo pessoas) do que realmente girando e custa caro, mas o visual todo é bem bacana.
London Eye e o Rio Tâmisa.
House of Parliament e o Big Ben.



A noite fomos ao Covent Garden (uma espécie de mercadão) e depois andamos até a Piccadilly Circus que é uma espécie de bairro bohêmio  que tem vários bares, restaurantes, teatros e um mundo de turistas, mas apesar disso, vale a pena entrar em um Pub pra tomar uma cerveja e comer alguma coisa. Outro lugar muito lindo é a Tower Brigde,  que foi a primeira ponte de Londres a ligar o Rio Tamisa de um lado pro outro e tem um estilo (chamado Vitoriano) que é muito charmoso! Lá perto também tem a Tower of London, um monumento histórico que parece um Castelo  e esta nesse momento com uma  instalação que é na verdade um memorial em homenagem aos quase 900 mil soldados britânicos e oriundos das colônias do império britânico mortos na primeira guerra mundial – cada flor representa um soldado que morreu. Apesar de muitos museus serem de graça eu só tive tempo de ir  no Natural History Museum , mas ele é tão maravilhoso que valeu pelos outros, além de ser em um prédio incrível tem um milhão de coisas legais pra conhecer,  animais impressionantes e foi um dos lugares que eu mais gostei com certeza.

 
Memorial da Primeira Guerra Mundial.

Um noite no Museu (mais lindo do mundo)

London Bridge






No sábado tem uma feira aberta em Nothing Hill (sim aquele do filme) que tem muitas coisas bacanas, desde antiguidades para colecionador, roupar, e modernos adereços com referência a bandas de rock, camisetas com os desenhos do incrível (por quem eu sou apaixonada) Banksy e etc. O bairro é muito charmoso com certeza vale a pena a visita e bom, Caetano tinha razão,  passar pela Porto Belo Road faz a gente se sentir muito vivo! No sábado a noite fomos no The Shard o prédio mais alto de Londres que tem  uma arquitetura super moderna e uma vista incrível pro Rio Tamisa e a London Brigde, o único problema é que é caro pra caramba, mas a vista lá de cima é realmente impressionante e o bar que nos fomos tinha uma banda  maravilhosa tocando  Jazz.  A única coisa que eu não gostei, não recomendaria é  a Troca de Guarda do Palácio de Buckingham (a casa da Rainha), porque além de ser muito cheio de gente e não dar pra ver quase nada, é muito rápido e bem do sem graça.

Música em todos os lugares! (Nothing Hill)




Vista do bar no The Shard



Caetano manja das coisas!


No ultimo dia conheci o lugar que fez com que Londres  ganhasse  de vez meu coração, o Camndem Town, bairro onde a Amy morava e frequentava, o que já  faz o rolê valer a  pena. Mas além disso é o bairro mais alternativo de Londres as  ruas são diferentes, rola musica ao vivo na rua também (claro), as lojinhas vendem fotografias, quadros, artesanatos  incríveis, e  o ambiente é indescritível. Da vontade de ser Londrino, de morar lá, de ser artista, de ser amigo da Amy e tomar todas com elas!
Camden Town

Arte!

Companheira de viagem (amo muito)




Enfim, além de eu ter tido a melhor companheira de viagem e a colaboração do tempo (sol e calor todos os dias)é difícil dizer porque  Londres me deixou tão apaixonada, mas acho que é porque é um desses lugares mágicos que conseguem misturar tradição e Historia com modernidade, com arte, com (muita) musica, com futebol, com diversão e tantas outras coisas boas que fizeram com a cidade ganhasse minha alma e meu coração, além de me fazer lembrar de quanto vale a pena a vida que eu resolvi viver agora. VIVA LONDRES E VIVA A MÚSICA!
Amy Musa!